ainda em 2012 o GHAWAZEE foi “artista residente” da CASA DAS CALDEIRAS em São Paulo.
durante o periodo da residencia uma grande crise se iniciou.
seria o fim do coletivo?
seria o fim do mundo?
fim?
que fim?
eu que estive muito ausente durante a primeira metade do processo não entendia do que se tratava, sei que começou com um bode geral …
eu não queria acabar com nada no ghawazee.
no entanto.
me lancei com elas outra vez no buraco negro da criação. terreno fértil.
antigamente se acreditava que o buraco negro era o vazio.
descobriu-se o contrario. a informação das coisas … a essência da coisa… não se perde, continua la.
podendo ser a qualquer momento cuspida de volta para o universo.
legal né?!
e foi assim que embarquei.
primeiro: o coletivo ficou aberto para quem quisesse participar (o que não foi muito simples). conversamos sobre o que estava por vir (ninguém sabia o que era)
segundo: fizemos uma convocatoria de cartas de fim usando a internet e lambe-lambe. #15
terceiro: fizemos um “plantão” de recepção de cartas em frente a bienal de artes de sao paulo. #15
quarto: nos fechamos em um buraco dentro do tunel da casa das caldeiras para ler as cartas durante 2h. interessados podiam deixar suas cartas para serem lidas e também escutar através dos funis. #16
mais uma vez ghawazee instalação!
quinto: produzimos um “cha com polvora” encontro com convidados e aberto ao publico em geral para conversar sobre FIM.
sexto: registramos nossos choros. acoplamos mp3 ao nosso corpo. e escutamos em silencio na praça roosevelt no festival Satyrianas 2012. #18
sétimo: digitalizamos as cartas. recortamos algumas partes. das partes surgiu um grande lambe-lambe.
lambemos na parede do cemitério as cartas sem as partes e o lambe. #19
oitavo: encerramos a residência com um pique-nique junto aos outros artistas da casa.